Conheça os Estados com Melhor (e Pior) Cobertura 4G nas Rodovias Brasileiras
Se você depende da conectividade para trabalhar nas estradas, seja com rastreamento veicular, logística ou simplesmente viajando com frequência, vai gostar de saber como está a cobertura 4G nas rodovias do Brasil. Um levantamento recente da Links Field, empresa especializada em soluções de Internet das Coisas (IoT), revelou um cenário interessante — e até preocupante em algumas regiões.
Segundo o estudo, que se baseou em dados da Anatel e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), São Paulo e o Distrito Federal saem na frente com a melhor cobertura 4G em rodovias. Nessas duas regiões, mais de 80% da malha viária já conta com sinal da quarta geração de redes móveis. Um número expressivo que mostra o quanto a tecnologia está presente no dia a dia de quem circula por esses estados.
Em terceiro lugar, aparece Sergipe, com 74,8% de cobertura, seguido do Rio de Janeiro (71,8%) e do Ceará, que fecha o top 5 com 70% de cobertura nas estradas.
Esses dados foram reunidos e apresentados pela Links Field em um mapa interativo, acessível ao público, que mostra em detalhes o nível de conectividade 4G pelas rodovias brasileiras.
E Onde Está a Menor Cobertura?
De outro ponto de vista, o cenário é bem diferente. Os piores índices de cobertura 4G nas estradas estão todos concentrados na Região Norte. Os estados de Rondônia, Amazonas, Amapá, Roraima e Acre têm menos de 30% de conectividade nas suas malhas rodoviárias, o que dificulta o rastreamento de veículos, comunicação e o funcionamento de sistemas inteligentes.
Uma exceção na região é o estado do Pará, que atinge 36,8% de cobertura — ainda assim, um número considerado baixo. Curiosamente, o Pará fica à frente do Mato Grosso, que tem 34,4%, mesmo estando no Centro-Oeste.
Conectividade Importa (E Muito!) Para o Setor de Transportes
Se você trabalha com monitoramento remoto, rastreamento veicular, telemetria ou logística, sabe o quanto a falta de sinal pode representar riscos. A transição tecnológica que estamos vivendo, com o desligamento das redes 2G e 3G, faz com que a dependência por uma boa cobertura 4G se torne ainda mais crítica.
De acordo com a Links Field, essa mudança exige um planejamento mais estratégico por parte de empresas e profissionais que atuam no setor de transporte. Isso porque, com a migração definitiva para redes mais modernas, muitos dispositivos M2M (máquina a máquina) podem enfrentar dificuldades de funcionamento em áreas com sinal precário — o que compromete desde o rastreamento de cargas até a segurança contra roubos.
“O desligamento das redes legadas exige que empresas de logística invistam em planejamento e em dispositivos modernos para garantir conectividade em tempo real”, destaca Thiago Paulino Rodrigues, CEO da Links Field.
Quem Lidera a Cobertura 4G nas Estradas?
Entre as operadoras móveis, a Vivo aparece na liderança da cobertura 4G nas rodovias brasileiras. Segundo a Links Field, a operadora atende 115,8 mil quilômetros de estradas, o que representa 43,4% da malha viária nacional.
Na sequência, está a TIM Brasil, com 110,2 mil quilômetros (41,3%), seguida pela Claro, que cobre 102,2 mil quilômetros (38,3%).
Esse cenário mostra uma forte presença das principais operadoras nas estradas brasileiras, embora a cobertura ainda esteja longe de ser ideal em várias regiões.
Como Isso Afeta o Rastreamento Veicular?
A cobertura 4G nas estradas é fundamental para o bom funcionamento de sistemas de rastreamento veicular e outros dispositivos conectados. Com o avanço das tecnologias e a demanda crescente por segurança e controle em tempo real, contar com uma conexão estável pode fazer toda a diferença.
Quando o sinal é fraco ou inexistente em determinados trechos, o rastreamento contínuo de veículos e cargas pode ser interrompido, o que eleva os riscos de roubo, extravio ou simplesmente falhas de operação. Isso impacta diretamente empresas de logística, motoristas autônomos, transportadoras e até mesmo usuários comuns que utilizam rastreador veicular por segurança.
O Que Fazer Diante Desse Cenário?
Se você depende da tecnologia 4G nas estradas, aqui vão algumas dicas:
- Invista em equipamentos modernos: prefira rastreadores com suporte para redes 4G ou até 4G com fallback para 2G onde ainda existir.
- Planeje rotas com base na cobertura: sempre que possível, use mapas de cobertura para evitar regiões críticas.
- Esteja preparado para a transição: com o fim do 2G e 3G, será essencial adaptar seus dispositivos e sistemas.
- Considere operadoras com melhor desempenho em sua região: dependendo do estado, uma operadora pode oferecer melhor cobertura do que outra.
Conclusão
Com o avanço do 4G nas estradas, o Brasil dá passos importantes rumo a uma conectividade mais eficiente para motoristas, empresas de logística e usuários que precisam de monitoramento em tempo real. No entanto, os dados mostram que ainda há muito a ser feito — principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.
A desativação das redes 2G e 3G traz um novo desafio, mas também uma oportunidade para evolução tecnológica no setor de transporte. Quem estiver atento e preparado terá uma vantagem competitiva significativa.
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